segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


CACOAL :  EDUCAÇÃO  A  DISTÂNCIA

 A forma como a SEDUC  trata os alunos, professores e familiares dos alunos da jurisdição da Representação de Ensino de Cacoal é , no mínimo, estranha  e isto se agravou no governo de Confúcio Moura, do PMDB, gestão que, por ironia, tem como Secretária – adjunta da SEDUC a senhora Sueli Aragão, que reside na cidade de Cacoal.
O município de Ministro Andreazza está entre os mais prejudicados com as péssimas escolhas que Confúcio, além do titular, fez na região, nomeando Sueli Aragão como adjunta da secretaria e para ser Representante de Ensino a professora Fátima Gavioli . Os motivos são muitos e vamos citar resumidamente apenas alguns deles, para que o leitor faça uma reflexão e tome posição.
A escola “Nilo Coelho” nunca recebeu a visita da Representante para conhecer os funcionários, embora os convites tenham sido muitos, desde que foi empossada, ainda que a distância entre Cacoal e Ministro Andreazza seja menos de 30km de asfalto. Tem mais de um ano que a única escola estadual da cidade está em reforma, porém a Secretária-adjunta e a Representante nunca foram sequer ver a obra.
Esta ausência certamente foi o motivo pelo qual a obra de reforma da citada escola tinha duas equipes de trabalho que se revezavam da seguinte forma: uma turma fazia o trabalho e no dia seguinte a outra derrubava, pois os erros eram a coisa mais comum durante todo o período de reforma. Contar a quantidade de sacas de cimento que ficaram inutilizadas pelos freqüentes desmanchos é  tarefa  das mais complicadas, mas ninguém nunca tomou nenhuma medida, visto que o engenheiro responsável pela obra parece ter entendido bem a filosofia de trabalho da Representante de Ensino, ou seja, nunca visitar a obra. Deste modo, foram gastos valores que, conforme a placa, somavam R$ 1.149.913, 10. Somente o governo de Confúcio Moura para fazer uma obra desse valor sem nunca ter um responsável vendo de perto os trabalhos.
Além dos problemas relacionados com a obra de reforma  e ampliação das instalações da escola, a instituição também teve problemas gravíssimos de natureza pedagógica. Entre tais problemas podemos citar o fato de que os alunos matriculados na escola “Nilo Coelho” há mais de um ano não sabem o que é um ventilador e o leitor pode imaginar o calor que faz no Norte do país. Os improvisos eram inevitáveis, pois as aulas precisavam continuar, a pedido da própria comunidade que entendeu ser possível seus filhos estudarem, mesmo com as obras em andamento. Lógico que os prejuízos no processo de ensino foram incalculáveis. Caso a SEDUC tivesse mandado um pedagogo sério ver a situação, com certeza as aulas seriam suspensas, pois não havia nenhuma condição de trabalho. Foram muitos os alunos e professores que passaram mal neste período e nenhuma medida foi tomada. Vale salientar, para fazer justiça, que a direção da escola comunicou os fatos diversas vezes, embora não tenha tido sucesso nas ações por parte da REN/CACOAL.
Neste período de final de ano, já por várias vezes, os funcionários da escola assinaram convocação de reuniões que supostamente seriam realizadas com a presença da professora Fátima Gavioli, Representante de Ensino. O sonho de dezenas de funcionários da escola Nilo Coelho era conhecer a nossa chefe, mas tal sonho ficou frustrado, mais de uma vez, sem que houvesse por parte da REN nenhuma justificativa. Puro descaso mesmo, principalmente com pais e mães de famílias que chegaram a desmarcar compromissos sérios para atender a representante, coisa que não ocorreu até este momento. As reuniões foram marcadas, a turma se preparou, teve gente até que comprou roupa nova, mas foi tudo em vão...
Estes fatos comprovam claramente que a decisão estúpida do governador Confuso Moura de fechar algumas Representações de Ensino foi muito mal planejada, mesmo ele dizendo que a educação seria prioridade em seu governo. Mas a REN de Cacoal deveria ser fechada, principalmente porque não tem um representante que funcione, como nada funciona nesse governo. Claro que boa parte dos funcionários da REN/CACOAL não estão inclusos nos questionamentos que faço aqui. Que fique evidente  a minha opinião de dizer  da inépcia da senhora Representante de Ensino, por entender que ela não tem nenhum compromisso com Ministro Andreazza. Se Confúcio Moura tivesse compromisso com a educação, como disse na campanha, não teria fechado a REN de Espigão D’oeste, por exemplo, pois aquela funcionava. O certo seria fechar a de Cacoal e  abrir uma em Ministro Andreazza. Outra solução, menos extremista, seria nomear para a REN/CACOAL alguém que tivesse pela educação um sentimento diferente do governador, isto é, que tivesse compromisso e respeito pelos profissionais e estudantes da Rede Estadual de ensino que vivem em Ministro Andreazza. Do jeito que está, o “Governo da Cooperação” tem contribuído sensivelmente para promover a desesperança, o desestímulo e o descaso em relação ao citado município.
As explicações para tanto desprezo pela educação podem ser facilmente entendidas, se levarmos em consideração os seguintes fatos: Confúcio nomeou para Secretário da Educação do estado de Rondônia um indivíduo sem formação nenhuma e que nunca entrou numa sala de aula, para Secretária-adjunta uma senhora que faz uns 35 anos  que não dá aula, embora seja chamada de professora, para Representante de Ensino uma pessoa muito mais habituada ao luxo das escolas e faculdades privadas do que a realidade da escola pública brasileira. Nitroglicerina pura!!! Fico imaginando o que seria de Ministro Andreazza, se a Secretária-adjunta da educação estadual  não morasse no município vizinho...
Finalmente, não vou me eximir de culpa, pois tenho minha parcela, já que  votei em Confúcio. Só quero saber se as outras pessoas que citei acima terão a mesma atitude que eu: NUNCA MAIS REPETIR TAL ERRO...Tenho dito!!!

FRANCISCO XAVIER GOMES
Professor da Rede Estadual
xaviergomesgm@gmail.com

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


CONFÚCIO:  A  MERITOCRACIA   E  A  CLEPTOCRACIA...

As informações preliminares divulgadas pela imprensa de Rondônia, incluindo-se cópia de documentos produzidos pela Policia Federal, sobre atos de deputados e assessores do Governo e da Assembléia de Rondônia, caso venha a se confirmar, evidenciam, tristemente, a inépcia do governo do estado diante das ações administrativas de Confúcio.
Equivocadamente, ou intencionalmente, o chefe do executivo estadual usa seu blog para proferir uma série de verborragias, como se ele fosse a pessoa mais cândida do mundo. Ledo engano (pelo menos, prefiro crer que ele esteja enganado). Neste caso, o engano tem cheiro de óleo de peroba, pois quando foi aprovada a lei que trata exclusivamente dos atos administrativos e dos agentes públicos, Lei 8.429/92, o ex-deputado, ex-prefeito, ex-secretário de saúde, ex-médico, ex-puritano Confúcio Moura já estava na vida pública. Ele foi secretário de saúde de Rondônia em 1987 e 1988. Posteriormente, no ano 2.000, o atual governador exercia mandato em Brasília, quando foi aprovada a Lei 101/00, chamada de Lei de Responsabilidade Fiscal.
De modo surpreendente, o governador de Rondônia, desde que tomou posse, passou a crer e defender a idéia de que ele está salvo de tudo sempre, que ele nada tem a ver com os atos de seus subordinados, mesmo aqueles que dormem em sua casa, esquecendo que as leis, incluindo-se as aprovadas por ele, como deputado, deixam clara a solidariedade dos atos administrativos, isto é, se o secretário comete ato de improbidade, seu chefe responde junto, responde solidariamente.
Querer jogar seus asseclas na boca dos leões sem piedade é uma atitude covarde, dissimulada e infiel. Ao nomear as pessoas, Confúcio esquece que elas representam o governo, representam oficialmente, e, por este motivo, em muitos casos, um ou outro secretário fala, oficialmente,  em nome do governo, ao participar de algum evento.
Entretanto, desde o começo do mandato, Confúcio publica opiniões em seu blog como se ele vivesse em um mundo e seus secretários em outro. Suas opiniões certamente devem incomodar seus asseclas, pois ele, todos dias, escreve que vai dar seis meses para que produzam alguma coisa útil. Aliás, já tem quase um ano que ele deu seis meses para a turma funcionar, publicou no blog que ninguém era eterno em cargos e que se não prestasse ele iria mudar. Tudo colóquio flácido para acalentar bovino!! Não mudou nada. Na SEDUC, por exemplo, ele apenas fez a substituição de um nome pelo outro, porém a postura é a mesma: inércia, lerdeza, arrogância, inépcia, entre outros substantivos e adjetivos cabíveis. A única coisa que mudou na Secretária de Educação é que o secretário que começou o mandato tinha formação universitária; o atual não tem nenhuma formação acadêmica e seu cargo mais importante no serviço público, antes de ser do primeiro escalão de Confúcio, foi de assessor de vereador na cidade de Vilhena... Claro que essa sinecura dada pelo governador deixou Júlio Olivar contente. O currículo para ser nomeado? Qualquer indigente pode ter: ser filiado ao partido de Confúcio. O comunista Júlio Olivar, ex-assessor de vereador no Sul do estado, filiou-se ao PMDB numa semana e na mesma semana foi nomeado secretário. Aos servidores o governador fala do tal projeto que ele chama de “meritocracia”, seria algo que o servidor somente poderia conquistar por mérito profissional, por formação técnica, nunca por ser do PMDB. Na saúde Confúcio também abriu mão da “meritocracia”: nomeou para ser Secretário-adjunto José batista, mentor intelectual das demissões  de aproximadamente 10.000 servidores públicos, cerca de 10 anos atrás. Como prêmio, Batista ganhou de Confúcio um cargo de luxo no “Governo da Cooperação”. Atualmente, o homem que participou das dez mil demissões é hospede de um dos presídios de Rondônia, mas não se surpreenda o leitor, se ele voltar ao cargo após sair da cadeia. Neste caso, não se pode afirmar se nosso governador usaria o critério da “meritocracia” ou da “cleptocracia”... A julgar pelos últimos acontecimentos, a segunda opção tem mais a ver com o governo.
Ao citar apenas duas secretarias, não o faço pelo fato de não haver problemas nas outras. Há, sim! E são muitos. Faço porque EDUCAÇÃO E SAÚDE eram as secretarias que Confúcio iria priorizar em seu governo. Se isto for prioridade, meus amigos, nem quero imaginar os problemas de outras secretarias. Nem vou citar aqui as duas secretarias onde as irmãs de Confúcio chefiam. Isso sim é priorizar. Priorizar a família dele, com duas secretarias. Do mesmo modo, não vou discutir a competência ou não das irmãs de Confúcio, mas a lei do nepotismo deveria ser lembrada pelo médico que prometeu moralizar as ações governamentais. A nomeação de suas irmãs para cargos de luxo em seu governo seria “meritocracia”?
Finalmente, esclareço que a epígrafe não representa necessariamente uma prática pessoal de Confúcio moura, mas sua permissividade, passividade e omissão são evidentes, diante dos fatos que acontecem em nosso estado atualmente no seu mandato. Bem que o governador poderia ser solidário aos seus secretários ou com seus secretários... Tenho dito!!!

FRANCISCO XAVIER GOMES
Professor da Rede Estadual
xaviergomesgm@gmail.com