CACOAL : EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A forma como a SEDUC trata os alunos, professores e familiares dos alunos da jurisdição da Representação de Ensino de Cacoal é , no mínimo, estranha e isto se agravou no governo de Confúcio Moura, do PMDB, gestão que, por ironia, tem como Secretária – adjunta da SEDUC a senhora Sueli Aragão, que reside na cidade de Cacoal.
O município de Ministro Andreazza está entre os mais prejudicados com as péssimas escolhas que Confúcio, além do titular, fez na região, nomeando Sueli Aragão como adjunta da secretaria e para ser Representante de Ensino a professora Fátima Gavioli . Os motivos são muitos e vamos citar resumidamente apenas alguns deles, para que o leitor faça uma reflexão e tome posição.
A escola “Nilo Coelho” nunca recebeu a visita da Representante para conhecer os funcionários, embora os convites tenham sido muitos, desde que foi empossada, ainda que a distância entre Cacoal e Ministro Andreazza seja menos de 30km de asfalto. Tem mais de um ano que a única escola estadual da cidade está em reforma, porém a Secretária-adjunta e a Representante nunca foram sequer ver a obra.
Esta ausência certamente foi o motivo pelo qual a obra de reforma da citada escola tinha duas equipes de trabalho que se revezavam da seguinte forma: uma turma fazia o trabalho e no dia seguinte a outra derrubava, pois os erros eram a coisa mais comum durante todo o período de reforma. Contar a quantidade de sacas de cimento que ficaram inutilizadas pelos freqüentes desmanchos é tarefa das mais complicadas, mas ninguém nunca tomou nenhuma medida, visto que o engenheiro responsável pela obra parece ter entendido bem a filosofia de trabalho da Representante de Ensino, ou seja, nunca visitar a obra. Deste modo, foram gastos valores que, conforme a placa, somavam R$ 1.149.913, 10. Somente o governo de Confúcio Moura para fazer uma obra desse valor sem nunca ter um responsável vendo de perto os trabalhos.
Além dos problemas relacionados com a obra de reforma e ampliação das instalações da escola, a instituição também teve problemas gravíssimos de natureza pedagógica. Entre tais problemas podemos citar o fato de que os alunos matriculados na escola “Nilo Coelho” há mais de um ano não sabem o que é um ventilador e o leitor pode imaginar o calor que faz no Norte do país. Os improvisos eram inevitáveis, pois as aulas precisavam continuar, a pedido da própria comunidade que entendeu ser possível seus filhos estudarem, mesmo com as obras em andamento. Lógico que os prejuízos no processo de ensino foram incalculáveis. Caso a SEDUC tivesse mandado um pedagogo sério ver a situação, com certeza as aulas seriam suspensas, pois não havia nenhuma condição de trabalho. Foram muitos os alunos e professores que passaram mal neste período e nenhuma medida foi tomada. Vale salientar, para fazer justiça, que a direção da escola comunicou os fatos diversas vezes, embora não tenha tido sucesso nas ações por parte da REN/CACOAL.
Neste período de final de ano, já por várias vezes, os funcionários da escola assinaram convocação de reuniões que supostamente seriam realizadas com a presença da professora Fátima Gavioli, Representante de Ensino. O sonho de dezenas de funcionários da escola Nilo Coelho era conhecer a nossa chefe, mas tal sonho ficou frustrado, mais de uma vez, sem que houvesse por parte da REN nenhuma justificativa. Puro descaso mesmo, principalmente com pais e mães de famílias que chegaram a desmarcar compromissos sérios para atender a representante, coisa que não ocorreu até este momento. As reuniões foram marcadas, a turma se preparou, teve gente até que comprou roupa nova, mas foi tudo em vão...
Estes fatos comprovam claramente que a decisão estúpida do governador Confuso Moura de fechar algumas Representações de Ensino foi muito mal planejada, mesmo ele dizendo que a educação seria prioridade em seu governo. Mas a REN de Cacoal deveria ser fechada, principalmente porque não tem um representante que funcione, como nada funciona nesse governo. Claro que boa parte dos funcionários da REN/CACOAL não estão inclusos nos questionamentos que faço aqui. Que fique evidente a minha opinião de dizer da inépcia da senhora Representante de Ensino, por entender que ela não tem nenhum compromisso com Ministro Andreazza. Se Confúcio Moura tivesse compromisso com a educação, como disse na campanha, não teria fechado a REN de Espigão D’oeste, por exemplo, pois aquela funcionava. O certo seria fechar a de Cacoal e abrir uma em Ministro Andreazza. Outra solução, menos extremista, seria nomear para a REN/CACOAL alguém que tivesse pela educação um sentimento diferente do governador, isto é, que tivesse compromisso e respeito pelos profissionais e estudantes da Rede Estadual de ensino que vivem em Ministro Andreazza. Do jeito que está, o “Governo da Cooperação” tem contribuído sensivelmente para promover a desesperança, o desestímulo e o descaso em relação ao citado município.
As explicações para tanto desprezo pela educação podem ser facilmente entendidas, se levarmos em consideração os seguintes fatos: Confúcio nomeou para Secretário da Educação do estado de Rondônia um indivíduo sem formação nenhuma e que nunca entrou numa sala de aula, para Secretária-adjunta uma senhora que faz uns 35 anos que não dá aula, embora seja chamada de professora, para Representante de Ensino uma pessoa muito mais habituada ao luxo das escolas e faculdades privadas do que a realidade da escola pública brasileira. Nitroglicerina pura!!! Fico imaginando o que seria de Ministro Andreazza, se a Secretária-adjunta da educação estadual não morasse no município vizinho...
Finalmente, não vou me eximir de culpa, pois tenho minha parcela, já que votei em Confúcio. Só quero saber se as outras pessoas que citei acima terão a mesma atitude que eu: NUNCA MAIS REPETIR TAL ERRO...Tenho dito!!!
FRANCISCO XAVIER GOMES
Professor da Rede Estadual
xaviergomesgm@gmail.com