sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


RONDÔNIA:  A EDUCAÇÃO DO PMDB...
Sempre que possível, Sua Excelência, o governador Confúcio Moura usa a imprensa para fazer declarações sobre a educação que ele prometeu priorizar, entretanto não lembra de divulgar os graves erros cometidos por ele no setor educacional de Rondônia, isso para não falarmos de outras gestões, igualmente desastrosas, que nosso estado viveu.
Ao declarar que algo está errado na educação  administrada por ele, o governador deveria citar entre os principais erros a nomeação do Secretário de Educação do estado, uma pessoa que ocupa o cargo apenas para cumprir a cota de cadeiras ocupadas por membros do PMDB em cargos públicos. Ao divulgar que Rondônia tem cerca de 13.000 professores, o governo evidencia sua falta de critério para escolher o chefe da principal secretaria do estado, sendo que há entre os profissionais da educação pessoas que passaram anos estudando e adquiriram formação sólida, nos mais diversos setores da educação. A escolha de uma pessoa totalmente estranha à função para dirigir a educação denota  total falta de zelo com aquilo que ele mesmo prometeu fazer uma prioridade.
Quando cita a evasão escolar, sem apresentar nenhuma solução para o problema, o governo foge de sua responsabilidade e esquece que os jovens evasivos de hoje podem, no futuro, virem a ocupar cargos em um eventual governo dele mesmo, visto que os critérios para nomear secretários que não tenham formação universitária parecem não incomodar o governo. Já que Confúcio queria dar de presente o principal cargo de seu governo para o seu partido, deveria procurar entre os filiados do PMDB uma pessoa com capacidade técnica para ocupar a pasta. É difícil acreditar que o partido do governador não tenha uma pessoa sequer que tenha formação universitária no campo da educação. E a notória vontade de dar cargos de presentes aos filiados de seu partido estende-se até a secretária que substitui Julio Olivar, pois nenhum habitante de Cacoal consegue lembrar de ter sido aluno da Secretária – Adjunta da educação, Sueli Aragão, também do partido de Confúcio. Sueli Aragão pode até ser professora, mas ninguém lembra sua última lotação em escolas de Cacoal, a cidade onde vive.
Ao citar números vazios, sem dizer de que fonte são os recursos, o governo mostra que sua intenção é colocar a sociedade rondoniense contra a educação, pois os 73% que o governo diz gastar com pagamentos não deixam clara a fonte dos recursos divulgada, fato muito estranho para um governo que fala de preocupação com o setor. Seguramente entre as pessoas pagas com estes recursos estão apadrinhados do PMDB que não sabem nem o que é uma escola e estão recebendo valores bem maiores do que aqueles pagos aos servidores da educação, isto porque o governo de Confúcio criou uma imensidade de cargos comissionados com salários exorbitantes.
A desorganização proporcionada por Confúcio é tão alarmante que seu governo fez em menos de seis meses dois “recadastramentos” de servidores, sem nunca esclarecer os motivos, onde com certeza foram gastos milhares de recursos desnecessariamente, pois muita gente continua desviada e sem trabalhar. A educação de Rondônia hoje é o reflexo das ações do governo, é a cara do governo e não apresenta perspectivas de ficar melhor, dada a forma como é gerida, por blog, por gente sem conhecimento técnico e aplicando o mérito da filiação ao partido de Confúcio para nomear as pessoas que comandam os destinos da educação. Só o governo não percebe que entre seus erros mais graves está a desvalorização de técnicos competentes, especializados, mestrados, doutorados na educação e com tempo de serviço neste setor... Ao pedir que os trabalhadores da educação não sejam egoístas, Confúcio se esquece do egoísmo de seu partido, que coloca um secretário sem nenhum preparo para o cargo. Os trabalhadores não podem ser egoístas. E o PMDB  pode?
Os atos do governo de Rondônia relacionados com a educação de crianças jovens e adultos nos levam a pensar que a população de nosso estado ainda terá que assistir a muitos descasos e discursos descabidos, senis, vis e premeditados cuja finalidade é apenas esconder os graves erros cometidos pelo governo e tirar de Confúcio a responsabilidade que ele tem e que ele próprio buscou... Ninguém colocou corda no pescoço do ex-prefeito de Ariquemes para prometer que, em seu governo, a educação seria prioridade. A educação de Rondônia pode não ser prioridade, mas com certeza é a educação que Confúcio Moura sonhou para seu partido...Tenho dito!!

FRANCISCO XAVIER GOMES
Professor da Rede Estadual

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


POLÍTICA E RELIGIÃO: DISCUTIR É PRECISO, SIM!
Conforme prevê a Carta da República, promulgada em 1988, a liberdade de escolher religião é direito indiscutível de cada cidadão e está incluído no rol das chamadas “cláusulas pétreas” da aludida Carta, porém o uso de fiéis e religiões em campanhas eleitorais, e no período pós eleição, tornou-se objeto de intensos debates em praticamente todas as cidades brasileiras, além de ser um tema que merece muita reflexão de todos nós.
Importante se faz salientar que nenhum segmento da sociedade está isento de indivíduos nocivos à população, como, igualmente, é importante registrar que é muito grande o número de pessoas de bom caráter em qualquer que seja a denominação religiosa, princípio pelo qual se pode contestar as agressões dirigidas especificamente a uma ou outra religião. Entretanto, é preciso buscar uma forma de conviver com tal fato, visto que isto é inevitável e, ao que tudo indica, infinito...
Muitas pessoas, de modo claro e inescrupuloso, usam abertamente as igrejas e seus fiéis em campanha, sem que haja, por parte dessas igrejas, nenhuma manifestação de proibição do uso de sua imagem, fato que sugere, no mínimo, a aceitação. Em muitos casos, os comícios acontecem dentro das sedes e com total apoio dos fiéis, sendo que não é raro ouvir dirigentes dizendo que seus candidatos são abençoados por Deus. Alguns desses candidatos “abençoados” são, inclusive, réus em diversos processos por desvio de recursos públicos de toda natureza, quando não são ex-apenados do sistema prisional brasileiro.
Mesmo assim, alguns desses ilustres políticos são ovacionados por seus “irmãos”, que dizem que as autoridades são instituídas por Deus e é este o “único” motivo para defendê-las. Ao “confundir” autoridades com delinqüentes, muitos fiéis ignoram a “lei dos homens”, que embora tenha muitas falhas, precisa ser respeitada, sem deixar de questionar as falhas existentes. Ficar esperando que Deus atribua punição aos políticos desonestos não parece ser uma atitude muito honesta, pois, com certeza, a omissão era, e ainda é, uma coisa contestada por Jesus Cristo e por todos os demais representantes de religiões com simbologias distintas.
Algo muito curioso, e muito estranho, ocorre com algumas pessoas que defendem religiões: Quando estão em campanha para eleger seus líderes, dizem que eles são “abençoados”; quando estão eleitos, muitos fiéis aceitam cargos e outros benefícios ofertados por eles, mesmo que não conheçam a origem ou que saibam ser fruto de ações corruptas; quando fazem festas nas igrejas, paparicam políticos corruptos e fazem diversas homenagens. Mas quando os mesmos políticos são pegos em flagrante roubando o povo, os mesmos fiéis dizem que não se metem em política, que não sabem dos fatos, que não julgam ninguém, que os irmãos são perseguidos, entre outras desculpas esfarrapadas. Se não se metem em política, por que fazem propaganda para eleger esses  indivíduos?
Outro fato sobre o qual devemos refletir é que não se vê nenhuma denominação religiosa publicar nenhum documento ou opinião sobre o envolvimento de seus membros em escândalos com dinheiro público. Fica todo mundo caladinho, esperando a coisa andar, mesmo que sejam escândalos de proporções colossais. O direito de ficar em silêncio está previsto na legislação vigente, mas para quem é acusado; aqueles que nada devem deveriam dizer o que pensam sobre os fatos, deveriam dizer se sua religião defende ou não o envolvido e por que defende ou não.
Os partidos políticos agem da mesma forma, ficam calados, defendem seus membros, chamam de lideranças, colocam em cargos de luxo e tudo mais... Então qual seria a diferença entre as religiões que fazem isto e os partidos políticos? Absolutamente nenhuma! Para não serem confundidas com partidos ou com políticos, as religiões envolvidas nos fatos deveriam contestar, repudiar, condenar as ações criminosas. Defender as práticas criminosas é incompatível com a doutrina das religiões e contraditório, se compararmos com os princípios constitucionais da moralidade, da impessoalidade, da legalidade, da eficiência, da publicidade, isto para não citar outros dispositivos legais que são infringidos apenas por pessoas sem nenhum caráter...
Existem, também, religiões cujos fiéis não são autorizados a serem candidatos, ou , quando são , não podem usar o nome da denominação. Contrariamente a este fato, existem lideranças religiosas que não conhecem nenhuma norma ou doutrina da religião onde militam, mas conhecem todos os artigos, incisos e alíneas da legislação eleitoral e atuam bravamente em todas as eleições, defendendo candidatos e chamando de “irmãos”... Não podemos esquecer as lideranças religiosas que chegam a ameaçar de expulsão fiéis que não votarem nos “irmãos”... Que coisa estranha!!
Outro fato merecedor de reflexão é que no Congresso Nacional existe até a chamada “Bancada Evangélica” sendo que, naquela Casa Legislativa, este tipo de instituição não tem nenhuma utilidade, a não ser defender interesses escusos de parlamentares que são eleitos para defender a coletividade, mas que, não raro, estão envolvidos em quadrilhas especializadas a roubar o dinheiro advindo dos impostos pagos pelos brasileiros...Tudo isso com a sagrada omissão das religiões que elegeram tais políticos.
A decisão de não citar nesta reflexão o nome de nenhuma religião e de nenhum político tem a finalidade de conclamar para esta análise todos  aqueles que defendem a infeliz ideia de que não se deve discutir política ou religião, bem como todos aqueles que reconhecem a urgente necessidade de ampliar o debate sobre o tema e buscar, se não as soluções, que parecem algo inatingível, o entendimento sobre os motivos que levam pessoas, partidos e religiões a praticarem todo tipo de atos que  degeneram a essência humana...
Caso as pessoas não tenham a disponibilidade de refletir sobre estes fatos e, ao persistirem a omissão, a conivência, o protecionismo, a permissividade e outros muitos atos e fatos condenáveis, estamos diante de uma enorme possibilidade de transformarmos nosso país num grande mar de lama “religioso”... Tenho dito!!!

FRANCISCO XAVIER GOMES
Professor da Rede Estadual

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


RONDÔNIA: O GOVERNO DA CONTRADIÇÃO!
A cada dia que passa, torna-se mais difícil acreditar no governo de Confúcio Moura, chamado por ele e sua turma de “governo da cooperação”. É incrível a capacidade do atual administrador de Rondônia de dizer coisas sem nenhum fundamento e de prometer aquilo que está muito distante de ser prioridade para a população.
No último dia 01 de fevereiro, o governador blogueiro esteve em Vilhena onde, segundo sua assessoria e alguns órgãos de  imprensa, ele pretendia fazer a abertura do ano letivo de 2012. Juntamente com o governador do PMDB, estavam diversos de seus seguidores, “papagaios-de-pirata”, para reforçar o discurso de Confúcio sobre as promessas feitas na ocasião.
Em discurso emocionante, o governador afirmou que, ao transitar pela rua Major Amarante, principal via urbana da cidade, as pessoas têm a sensação de estarem em São Paulo, uma das maiores cidades do planeta , dada a prosperidade alcançada pelo município do Sul do estado de Rondônia. Além disso, o governante garantiu que a cidade está entre os melhores índices de qualidade de vida atualmente e fez diversos elogios à população, destacando que praticamente todas as residências são muito bem edificadas e de beleza indiscutível.
Ao relacionar as ações que seu governo fará na “São Paulo do Norte”, Confúcio prometeu construir um presídio, segundo ele, “bem bonito” para oferecer segurança aos habitantes da cidade elogiada por ele, frisando que a citada obra será construída antes da  escola também prometida em seu discurso, comunicando que o local escolhido para a tal escola será o mesmo onde hoje funciona a cadeia de Vilhena. Ao fazer referência aos índices de evasão escolar, o governador blogueiro afirmou que de cada 100 estudantes do ensino médio, 68 desistem da escola e que isto é um crime, crime que o governador disse ser “nosso”, sem citar a quem ele dirigia o pronome empregado...
Possivelmente, percebendo que falar de presídio, na ocasião em que prometia revolucionar a educação, era uma má idéia, Confúcio tratou de dizer que não queria os estudantes que desistem da escola no presídio que ele que construir, sem apresentar nenhuma outra solução para o problema, fato que demonstra um governo de discurso vazio e de uma prática que contradiz aquilo que está escrito nos panfletos distribuídos por ele na campanha, onde se definia como um político de “visão” e que “enxerga longe”. Entre os itens do panfleto, está incluído um com o título “Visão de Futuro”, cujo teor diz o seguinte: “Confúcio enxerga a longo prazo. Aplica o que vê pensando no futuro. Esse é um traço marcante de líderes que transformam a realidade de um povo para melhor”. Se sua “visão de futuro” prevê que precisará mandar para a cadeia uma parte dos habitantes de Vilhena, imagine o que pode estar em suas previsões para as cidades que ele não elogia em seus acalorados discursos...
Reforçando as palavras de Confúcio naquela oportunidade, o deputado Marcos Donadon , representante do governo na Assembleia Legislativa, disse que sua maior prioridade no mandato é a educação, outra coisa que preocupa, pois nos registros do portal da Assembleia não tem nenhum projeto de sua autoria em favor da educação de Rondônia, basta o leitor conferir suas proposições no citado portal. O que seria, então, dos setores que o ilustre deputado não cita como prioridade?
Confúcio falou, ainda, que a sociedade precisa valorizar os diretores de escola e que ele quer profissionais da assistência social em todas as escolas, para buscar nas ruas os alunos que desistem. O curioso é que ele não disse quando o governo vai valorizar os professores e nem citou as medidas que vai tomar para evitar a anunciada greve dos trabalhadores da educação que se mobilizam em todos os municípios rondonienses e avaliam a possibilidade de nem iniciar o ano letivo que ele foi abrir na “São Paulo do Norte”, depois que o governo anunciou um aumento salarial de 6%. Pedir que a sociedade respeite e valorize os diretores de escola é algo que não resolve o problema dos milhares de professores desrespeitados por um governo que pregava, de modo veemente, que a educação seria sua maior prioridade, caso vencesse as eleições em outubro de 2010. Passados muitos meses de sua posse, ele abre o ano letivo em uma cidade que diz não ter defeitos e promete construir um presídio “bem bonito”.
Lamentavelmente, a paráfrase epigrafada demonstra claramente que Confúcio Moura e o PMDB  não possuem nenhum preparo administrativo para dirigir os destinos do estado que, no mesmo discurso, ele garantiu que será, em seu governo, uma referência para as demais unidades da federação, numa clara e triste evidência  de que ele confunde a palavra “COOPERAÇÃO” com aquilo que melhor resume sua gestão:  O GOVERNO DA CONTRADIÇÃO!!! Tenho dito...


FRANCISCO XAVIER GOMES
Professor da Rede Estadual